sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sagrado e Profano: Uma Breve discussão

O fanatismo sempre é generalizador, e a generalização sempre será uma falácia, um sofisma do pensamento. Costuma-se atribuir a estes que qualquer coisa que não esteja presente na bíblia é contrário a ela demonstrando-se o viés da estreiteza do pensamento na ausência de discernimento entre extra-bíblico, bíblico e antibíblico. Não é verdade, se assim o fosse o evangelho por ter sido escrito em hebraico e latim não serviria para o português e o mandarin seria profano e excluiria os chineses. Mas a bíblia se trata apenas de um manual de redenção humano, um normativo razoavelmente histórico para os costumes a valores, daí não vamos encontrar lá descrições proféticas de como construir um avião ou a equação de Einstein para a relatividade, mas voar num avião não é profano e a relatividade não é anticristã por apenas não estar na bíblia. 
O estigma é taxativo e meramente preconceituoso com o diferente e original mesmo que não contradiga a moral cristã. Sobretudo os fanáticos alegam a inserção de signos e costumes pagãos na sociedade ainda que cristianizados, mas assim como o rock não foi criado na igreja não significa que ele não possa ser usado por tal, afinal o maior símbolo cristão é uma criação pagã. Menciono a cruz, uma arma romana, uma civilização pagã que venerava a prostituição cultual e utilizava-se dessa cruz para torturar e matar condenados em infinitos campos a perder de vista com centenas de crucificados. A diferença era simples, Jesus usou a maldição para seu sacramento e triunfando sobre ela a cristianizou. O mesmo se aplica a filosofia de onde vem a teologia, o estudo do espaço-tempo, os OVNIs e etc. Não contradizendo a doutrina e os valores nem sua verdade, não é anticristão.

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