terça-feira, 30 de maio de 2017

O Fracasso do Socialismo é o Sucesso dos Abusos

O socialismo pode ter fracassado em tirar do rico pra dar o pobre, mas o capitalismo ao fazer o contrário é um sucesso absoluto, admito. Tira-se do pobre para dar ao rico e todos aplaudem, pois são os ricos quem dominam e estão no palco nesse show de mágica que é o capitalismo.
Isto se repete em macro escala tanto como no micro. Fico impressionado como alguns apenas nos usam como degrau para subir na vida, ter oportunidades e uma vida sexual melhor que, paradoxalmente, a minha. Percebemos o anti-progressismo quando nos usam para ter o que não temos ou fazemos - e o que temos, tirar - a maneira mais viva de propagar desigualdades, a definição mais perfeita de parasitismo social. 
Quando dou uma ideia não aceitam, eles querem as ideias que não dou. Essa gente sem luz própria, taco ou aptidão depende disso como ar que respira pra ser alguém. Nojo da ralé que se faz elite assim.

Mas confesso que apesar de me afeiçoar a alguns ideais socialistas a redistribuição de renda do socialismo fora feito erradamente, não se deve tirar do rico para dar ao pobre, mas oferecer salários proporcionais ao trabalho, por exemplo: Enquanto um terceirizado ganha pouco e trabalha muito, o dono dessa empresa trabalha pouco e ganha muito quando deveria ser proporcional não somente a conhecimentos específicos e responsabilidades delegadas pelo cargo como da ação em si. Mas não é o que acontece em grandes empresas e é assim que é o capitalismo.


Mas o socialismo fracassou pois tentava acabar com determinado abuso ele mesmo o cometendo, enquanto uns tiram dos pobres, eles tiraram dos ricos. A ganância é o sentimento combustor da corrupção quando se deseja possuir mais do que produz, deveria ser crime, tirando a herança. Mas a humanidade sempre clamou a líderes na calamidade como a milagres na miséria.

Todos esperam a volta de Cristo, uns pra crucificar novamente e outros para adora-lo. Há uma sincronicidade intemporal de eventos não por menos perpetradas em personagens alheios como uma genuína manifestação do inconsciente coletivo. Podem se passar 2.000 anos e sempre haverão Judas e 'Pedros' a cada novo Cristo ou pseudo-cristo que surge. É a refeitura do Titanic com nova pintura para afundar da mesma maneira.
A diferença é circunstancial as classes sociais, os pobres querem que Ele multiplique o pouco em muito como fez com os peixes, os abastados querem que Ele multiplique o muito deles e mais ainda como um cofre de porquinho que só se lucra com ele sendo quebrado. Não, Jesus veio originalmente para os pobres, pois bode expiatório sempre será comum a isto, ao grupo de bodes, não de ovelhas. O fracasso do socialismo é como a morte de Cristo, só que moralmente.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Breve Discussão Sobre Corrupção Moral

Considero uma hipótese plausível ainda que apenas uma hipótese. Como havia proposto no meu livro de memórias e filosofia pessoal o uso semântico especificado do termo corrupção a esquemas de fraude parece apenas dissociar sua aplicação original, a famigerada corrupção moral, o qual o termo aplica-se a todos os aspectos da vida cotidiana. Mas ainda que muitos possam crer que esteja me referindo exclusivamente a seu uso bíblico e sua consequente aplicação as práticas sexuais o respaldo vai além dessa fonte indo até os sumérios o qual a exemplo do livro de Enki relaciona o aumento da prática exponencial com a gradual perversão da espécie humana, algo naturalmente percebido na mítica narrativa de Sodoma e Gomorra ainda que as mesmas escritas cuneiforme sumérias não relacionem tal cidade com essa prática.

Notadamente que pela psicologia o desejo desacerbado no ato sexual do coito conjectura uma doença viciante de modo demonstrado originalmente no termo 'tarado' e sabidamente levado a atos comprovadamente criminosos a exemplo do estupro. Mas não me refiro exclusivamente a esse ato, mas que a busca desacerbada por essa prática desenfreada leva as traições não somente entre casais a exemplo do conhecido adultério, mas traições de amizade.

Não conheço nenhum estudo antropológico, psicológico ou sociológico dessa prática mas afirmo com conhecimento de causa como a exemplo desses levam apenas a usar as pessoas a fim da busca insaciável por prazer num hedonismo que leva ao sofrimento de inúmeras pessoas. Com conhecimento de causa afirmo ter sido inúmeras vezes usado por alguns que inflamados por essa prática inúmeras vezes me traíram, humilharam e até mesmo ameaçaram minha vida ao se considerarem mais "humanos" do que eu, contraditoriamente, diria.

Sem citar nomes, mas mesmo parentes sugeriram me matar e mesmo alegaram se sentir forçados a dar um mero feliz aniversário no meu dia a demonstrar, normalmente nas entrelinhas, algum tipo de ódio como se estes estivessem certo ainda que tais atitudes socialmente condenáveis exponham o oposto ao exalar uma energia extremamente negativa. Se fosse algo bom, não faria mal, certo? Semanticamente não faz sentido!

Como reagir a esse irrefreável sexismo na perpetua excitação sexual? Ainda não sei, mas sobrevivo a ela, e só, pois não me deixam nada. Foram inúmeras as vezes que senti-me ameaçado e humilhado por esse comportamento antissocial irrefreável que me leva a crer ser o machismo pelo qual muitas feministas deveriam estar lutando. Convenhamos lugar de bonobo é na selva, pois estou mais pra Arara. Mas tem que ver (e sobreviver ao ato)!

sábado, 6 de maio de 2017

Os limites da felicidade e dos círculos sociais

Sempre desconfio de quem afirma-se ser absolutamente feliz e que seja amigo de todos. Primeiro porque a felicidade em tempos líquidos é relativa, mas não obstante demonstra uma insensibilidade aos problemas sociais e econômicos que possam rodear-lhe. Quem ri de tudo é deficiente mental, a felicidade a quem é questionador e crítico apenas apresenta-se de modo parcial, pois, a menos que você seja um cego aos problemas do mundo, das desigualdades, pobreza, violência e todo tipo de maldade você certamente se afligirá por empatia ante os que padeçam tais problemas. Por isso aqueles os quais apresentam um grau de empatia com causas sociais - e mesmo ambientais - não é inteiramente feliz ainda que possa ser realizado na vida pessoal o que o coloca como um víeis ativista que certamente limitará seu número de amigos pois aqueles que se opõe as melhorias sociais serão seus adversários. E há muitos desses por egoismo ou não...

Nisso entra o aspecto de que aquele sujeito que se diz amigo de todos é no mínimo suspeito, pois o sendo significa que ele pouco faz socialmente numa letargia que por inércia torna-o amigo dos que se opõem a determinados tipos de ativismo. Ser ativista sempre incomodará os maus de modo que você nunca será amigo destes, pois tais amizades significam sacrificar a parcialidade e por concessões fazer alianças duvidosas a exemplo dos grandes poderosos. Uma pessoa de princípios e valores arraigados em causas sociais sempre terá muitos adversários. Por isso duvide de quem se diga muito feliz e amigo de todos, pode até ser sociável e educado, mas certamente não é confiável. Ou seja, os bons não são os mais felizes e muito menos os que mais tem amigos. A bondade altruísta representa os limites de sua felicidade e dos círculos sociais a medida em que o seja, quando não representa até mesmo uma declaração de guerra aos maus.

Porém, certamente este terá muitos seguidores que por identificação com suas causas e lutas determinará uma rede o qual lhe será extensão. Mas não seria melhor assim, ter mais qualidade do que quantidade?

segunda-feira, 1 de maio de 2017

O Problema da Representatividade Brasileira



O povo brasileiro ainda que com uma memória seletiva e letárgica é carente de representação de heróis pelo qual ao menos lhes dê a esmola de esperança ante as angústias de uma realidade hostil e perpetrada de desigualdade e por abusos de poder e corrupções em todas as esferas, e não somente políticas. E a carência acaba sendo irmã da parcialidade.

Um dos expoentes disso é Aryton Senna, um homem que mesmo a despeito de suas condições financeiras abastadas se tornou um vencedor nos esportes pela determinação e honestidade. Mas nota-se que nos esportes aos participantes é um importante mecanismo de inclusão e cidadania e por isso defendo o mesmo em comunidades pobres. Mas quando o mesmo se torna alvo de representações que efetivamente não traz melhorias a sociedade, afinal o pobre continuará na pobreza, o marginalizado na marginalidade, os esportes tornam-se um ópio de ilusões onde estes rejeitados da sociedade se projetam nele inconscientemente como se a vitória dele significasse algo para si, mas não significa. Mas desde quando a vitória do Flamengo vai melhorar minha vida?

Herói é quem salva vidas alheias, não a própria apenas, mas na ausência de um representante político que realmente tenha a oportunidade de fazer algo para o povo não faça, abraça-se quem não faz como representante. Alguém dos esportes representa o brasileiro porque os políticos que são pagos para isso não são capazes.

Mas não se trata de ser parcial, Ayrton era honesto e sabia vencer sem necessitar humilhar e desdenhar de seus concorrentes de modo que o exemplo ético fica, além de ter sim instituições de caridade (seja fachada ou não). Porém, ainda que todo o culto em torno dele é um exagero indicando uma história que ofusca a de outros brasileiros que sem dúvidas foram muito mais importantes a exemplo de Rondon que desbravou, passou telégrafos pelo Brasil, estabeleceu cidades, fronteiras e relações com índios até então desconhecidos. Mas a história ainda que tenha lhe dado um estado com seu nome, não é ensinado nas escolas com o mesmo peso de um Ayrton Senna. Por qual motivo?

Tudo porque limita-se aos resquícios do positivismo o qual a história tem a predominância da perspectiva vigente, o famoso bordão: quem vence escreve a história, muitas vezes subscrevendo a história de muitos que sem igual reconhecimento padecem num ostracismo ou até mesmo pior a exemplo do patrono de minha família no Brasil, Jorge Avilez que por estar no lado errado da história ao obedecer os mandos de D.João ficou como vilão até mesmo difamado na novela das seis da Globo, ainda que ele tenha até um museu em Portugal e descendentes por lá o qual tenham similar reconhecimento nos setores que lhe apraz. A história é o que a mídia relata condensadamente, a grosso modo, e quando ela insiste na lavagem cerebral de que, muitas vezes, o oprimido é o vilão é assim que fica numa história que nega em absoluto o quefazer análes que compreende a perceptiva não como uma verdade relativa, mas interpretação.

Nesse sentido poderia dizer que não sou tão diferente de um Ayrton Senna ainda que longe de igual reconhecimento abertamente, mas que sobretudo enquanto ele ia de helicóptero para uma das dez praias mais bonitas do mundo, em Lopes Mendes, Ilha Grande, na costa verde do Rio, mas eu fui a pé. Por isso ele está na história, mas eu não. Sobretudo, lugar de oprimido é servir o opressor, e não se aceita nada diferente disso. O que é verdadeiro incomoda, mas é a mentira quem atrapalha.