quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Crise Carcerária no Brasil

Hoje ao assistir uma discussão de primeira importância no Brasil, sobre a crise carcerária a conclusão primeira que se chega é a mais óbvia, não existe uma solução imediata para o problema. Mas alegar que deve reduzir os privilégios de quem tem ensino superior é um equivoco que iguala o sistema carcerário por baixo. Um sistema falido que não regenera, não ressocializa, onde os poucos que não reincidem é porque tiveram a cabeça firme do que a realidade que vivenciam.

A verdade é que o problema carcerário no Brasil é um problema da sociedade, pois a sociedade favorece a criminalidade - quer este tenha predisposição ou não - e as prisões apenas confirmam ao invés de corrigir. O problema é educacional pois temos uma cultura de malandragem não de educação.

Hoje não é difícil acesso a educação, isso é uma falácia, com o Enem, Prouni, Sissu e Fies o acesso é garantido, pois a universidade é universal. O Mec oferece sites com apostilas de estudos, vídeos e até mesmo programas de televisão, o problema é que não existe o hábito e interesse de estudar na maioria dos casos.

Tem que elevar o nível nas prisões, não diminuir de quem tem os estudos valorizados, mas pelo contrário, valorizar o detento que estude nas cadeias. Por falta de escolas, as prisões deveriam ser escolas de cidadania, não do crime, pois muitos já veem as escolas como prisão.

Sei o que falo pois sou graduando de pedagogia, eu estudo a educação. Estatisticamente a maioria dos que cometem crimes de violência possuem baixa instrução ou nenhuma, enquanto os que tem ensino superior normalmente cometem crimes de fraude e corrupção, e em menor escala.

Seria preciso sim separar o detento por tipificação de crime, os delitos leves dos delitos graves, os psicopatas dos que possuem uma consciência e capacidade de remorso. Tem que aliviar a pena pela educação, dos detentos que estudam e tem boas notas como os que tem bom comportamento pois a sociedade e o sistema tem que mostrar que valoriza a cidadania e educação, não a malandragem.

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