sábado, 25 de setembro de 2021

Cancelem a Cultura do Cancelamento

Alguns levam a risca ditados populares, ainda que alguns tenham se provado verdadeiros. Um exemplo é de que a voz do povo nem sempre é a de Deus quando manipulada artificialmente pelo engano e o ódio aflorado. A prova disso foram os efeitos da propaganda nazista que contra os fatos e provas científicas e jurídicas promoveu o ódio contra minorias vulneráveis.

Vivemos numa sociedade fast food e de descarte como extensão social do consumismo da obsolescência programada as pessoas, como se todos fôssemos meros produtos objetificados e valorizados mediante a utilidade aos dominantes, algo martelado a exaustão pelo nazismo. Disso a eutanásia é promovida como "morte benevolente" a idosos e doentes (por serem inúteis), a qualquer pretexto se aborta crianças em gravidez avançada, e carreiras construídas são destruídas pelo escrutínio público não por processos jurídicos cabíveis.

A discriminação que por séculos segregou e condenou pessoas por nada ou pouco a não ser pelo ódio discriminatório é um exemplo ao ser reproduzida pelo senso comum por gerações. E hoje temos o exemplo do cancelamento. Ainda que a exemplo da Carol Konká tenha feito coisas em público reprováveis o efeito jurídico é nulo, mas a exposição promovida pelo voyeurismo impõe  a ideia do julgamento público, de que as pessoas tem direito de julgar o que alheios devem fazer de suas vidas.

Programas de reality show moralmente duvidosos como Big Brother Brasil são rejeitos psiquiátricos de CIDs como do voyeurismo que derribam as fronteiras sãs entre o privado e público tornando a celebridade algo em tempo integral, como de ídolos plásticos, super-humanos. Quando não existem pessoas perfeitas.

O mesmo ocorre quando há crime comprovado. Quando as pendências jurídicas foram pagas e a conduta corrigida, a condenação não deve ir além do júri popular e sua sentença, pois a justiça é quem define a penalização legalmente cabível, não o ódio de alguns. No entanto, a mesma opinião pública que pode ser manipulada pode levar apenas ao linchamento público pelos que tem seus crimes protegidos e ocultados. Alguns tiveram a ruína da carreira sem justo processo e outros mesmo condenados por justo processo jurídico, como Charles Manson em prisão perpétua, tinha seguidores e fãs aos milhares.

A cultura o cancelamento é a oficialização do que a discriminação promovia aos discriminados sem qualquer prova há séculos. A única coisa que deve ser cancelada é a cultura do cancelamento!

Apenas o martelo do juízo mediante o processo jurídico democrático cabível pode determinar a sentença, o que não ocorre no etnocentrismo como presos sem julgamento em Guantánamo a pretexto de mera suspeita ou Julian Assange que por expor crimes e abusos de poderes se tornou um exemplo que do dia pra noite virou "estuprador" sem provas de qualquer crime a não ser expor os alheios.


Jesus não bastou, nem Tiradentes, nem Martin Luther King, nem George Floyd, o diabo precisa sempre renovar seu pacto com os homens de fama e poder afim de aplacar o sadismo insaciável e em troca estender seu tapete vermelho sobre os que por ele foram desgraçados como triunfo da célebre injustiça desigual. A frenologia dessa nazi-reacionária é a estética da discriminação, injustiça e desigualdade fascista.

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