sábado, 6 de maio de 2017

Os limites da felicidade e dos círculos sociais

Sempre desconfio de quem afirma-se ser absolutamente feliz e que seja amigo de todos. Primeiro porque a felicidade em tempos líquidos é relativa, mas não obstante demonstra uma insensibilidade aos problemas sociais e econômicos que possam rodear-lhe. Quem ri de tudo é deficiente mental, a felicidade a quem é questionador e crítico apenas apresenta-se de modo parcial, pois, a menos que você seja um cego aos problemas do mundo, das desigualdades, pobreza, violência e todo tipo de maldade você certamente se afligirá por empatia ante os que padeçam tais problemas. Por isso aqueles os quais apresentam um grau de empatia com causas sociais - e mesmo ambientais - não é inteiramente feliz ainda que possa ser realizado na vida pessoal o que o coloca como um víeis ativista que certamente limitará seu número de amigos pois aqueles que se opõe as melhorias sociais serão seus adversários. E há muitos desses por egoismo ou não...

Nisso entra o aspecto de que aquele sujeito que se diz amigo de todos é no mínimo suspeito, pois o sendo significa que ele pouco faz socialmente numa letargia que por inércia torna-o amigo dos que se opõem a determinados tipos de ativismo. Ser ativista sempre incomodará os maus de modo que você nunca será amigo destes, pois tais amizades significam sacrificar a parcialidade e por concessões fazer alianças duvidosas a exemplo dos grandes poderosos. Uma pessoa de princípios e valores arraigados em causas sociais sempre terá muitos adversários. Por isso duvide de quem se diga muito feliz e amigo de todos, pode até ser sociável e educado, mas certamente não é confiável. Ou seja, os bons não são os mais felizes e muito menos os que mais tem amigos. A bondade altruísta representa os limites de sua felicidade e dos círculos sociais a medida em que o seja, quando não representa até mesmo uma declaração de guerra aos maus.

Porém, certamente este terá muitos seguidores que por identificação com suas causas e lutas determinará uma rede o qual lhe será extensão. Mas não seria melhor assim, ter mais qualidade do que quantidade?

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