quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Crítica de "Inferno"

Meu interesse em assistir 'Inferno' era sobretudo por causa de meu interesse nas obras literárias de Dante Alighieri, 'A Dívina Comédia' o qual a parte 'Inferno' intitula o filme mesmo que nunca tenha feito uma leitura apurada de seus poemas alegóricos. A premissa de que havia algo codificado na trama neste livro me atraiu mesmo apesar de ter sido um pouco forçada ao contrário de 'O Código Da Vinci'. Dan Brown é um autor de qualidades limitadas assim como em suas tramas algumas falhas são encontradas tal como incoerências históricas mesmo que seja evidente algum trabalho de pesquisa. A direção de Ron Howard é pontual e com alto padrão de qualidade de modo que todas as falhas do filmes estão presentes na trama, não no roteiro adaptado do popular roteirista David Koepp (Jurassic Park). Sequências como ter a OMS invadindo quartos armados soa forçado pois não é uma polícia com jurisdição internacional como uma Interpol, as reviravoltas por sua vez são não menos previsíveis por ser comuns nos livros de Borwn ao mostrar que alguns não são o que se dizem ser. A história porém é bem amarrada dando a cada personagem o que lhe apraz a seus atos como justiça poética, porém, a parte mais interessante está abaixo do limiar da história com detalhes como mencionar que o símbolo da lanterna de Faraday é um Satanás de três cabeças para mostrar mais adiante no filme uma curiosidade: a placa do carro de uma alta funcionária da OMS é '0666'. Acho que tem pouca consistência os filmes adaptados de Dan Borwn pois a verdade é diluída moral e historicamente.
Porém, a discussão sobre o apocalipse provocado é mais interessante, ainda que Langton afirme que a maioria das atrocidades históricas foram iniciadas por amor, o que historicamente é uma mentira tirando Helena de Troia. A verdade é que o filme mostra menos da metade da verdade e o que mostra é bastante confuso a realidade atual assim como em 'Anjos & Demônios' pois uma olhada pela história observamos quais tiranos almejaram genocídios em grande escala, como Hitler, e nenhum de seus argumentos envolvia o amor. Porém, a idéia da redução populacional é viva em rodas de teóricos da conspiração por causa de jogos como "INWO — Illuminati New World Order" de Steve Jackson o qual uma carta faz alusão a isto, quer seja verdade ou não. Mas o filão de filmes apocalípticos estão em voga como em poucas vezes na história a exemplo de filmes como 'Mad Max' e tantos mais...

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