sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Resenha de 'As Digitais dos Deuses'

Com contornos acadêmicos ainda que sob uma narrativa pessoal, o livro 'As Digitais dos Deuses' de Graham Hancock realiza não somente uma viagem pelas principais civilizações extintas como produz um trabalho de pesquisa bibliográfica impecável com inúmeras referências sem esquecer-se de quaisquer dados epistemologicamente. Mas o achado do livro em si, sensacional, é que cativa. Ao longo de suas mais de 500 páginas Graham Hancok nos leva a uma viagem não somente geográfica, mas a tempos imemoráveis tentando traduzir e decodificar os mitos e conhecimentos impressionantes dos antigos.

A marca indelegável dos supostos deuses seria a vontade de perpetuar sua memória a eternizando como todos mortais como eu e você tentam. Mas não somente isso nobres civilizadores tirando os primitivos da ignorância e os concedendo conhecimento que tornou possível o surgimento das mais variadas civilizações. De tihuananco as Piramides do Egito, não seriam meros túmulos mas uma maquina de marcação temporal que imortalizasse a memória da existência de tais criadores que teria tirando o homem da barbárie.

A decifração dos códigos da precessão de solstício que move as eras e identifica o exato ponto de extinção dessa civilização quer formada por outra raça de seres ou mesmo deuses hoje são traduzidos de modo esotérico onde seitas muitas vezes tentam imitar com visível distorção tais conhecimentos. A narrativa da suposta viagem de Osíris, "deus" que teria curado o homem do canibalismo e estado de selvageria ao drama de um cataclismo que dissolveu toda civilização da face da Terra que seria o dilúvio bíblico transcrito em inúmeros mitos de civilizações em todo mundo. Mitos que em muitos casos transmitiam conhecimentos de modo praticamente codificado - ou distorcido pelo endeusamento do homem ante a majestosa civilização de conhecimento ímpar, o qual o culto pelo tempo é singular na busca pela eterificação de sua existência.

Da degeneração dos maias a queda da humanidade a magnifica civilização que certamente encontra-se sepultada sob o gelo da Antártida relega respostas à mapas como de Pire Reis a origem de um conhecimento tão preciso sobre os astros e cuja arquitetura até hoje é irreprodutível pelos homens. Sem dúvidas esse livro mudou minha opinião sobre a origem das piramides e do primeiro Egito (não do Egito posterior).

Sob a óptica bíblica não sei onde se encaixaria as verdades desse livro, uns poderiam coloca-los como demônios, outros como anjos, outros como extraterrestres, mas o livro apenas sugere o que poderia ser. Mas seja o que forem eles, a certeza é que eram melhores do que nós.

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