Com a frase acima observamos num mundo pós reality show a futilidade
mais em voga do que nunca. O voyeurismo que outrora era signo de doença
hoje vulgarizado se tornou normatizado como hábito da moda e descolado -
parecem estar seguindo os mesmos passos para a psicopatia, sadismo e
egoísmo. Dos noticiários que discutem o cotidiano de celebridades aos
reality shows onde as pessoas vivem como numa vitrine ao gosto de todo
tipo de julgamento fútil e trivial. Se tornou um esporte se intrometer
na vida alheia, mas não para ajudar, senão seu oposto, acusar e tentar
mostrar como se deve ser e fazer ao bel prazer egoísta desses como se
tentasse impor o que temos que ser contra nossos direitos. É como se o
hábito de desocupados se tornasse ocupação, dando valor ao estilo
daquelas senhoras desocupadas que passam horas na janela de seu
apartamento vigiando a vida alheia. A atrofia intelectual e crítica em
decorrência disso é tangível na especialidade de cuidar da vida alheia.
Nesse mundo de "Big Brother" onde a privacidade não é mais respeitada os
direitos por conseguinte, as coisas mais banais e sem menor importância
é discutida como mesmo o hábito sexual alheio, se ele deve ser gay ou
não, o motor que fortalece essa cultura tola, superficial e medíocre de
bundas e bolas tão pichada no exterior. A vagabundagem se tornou
profissão nesse mundo onde mesmo passar horas produzindo um livro é ser
desocupado, mas lucrar com o plágio desses livros não. Temos que vegetar
em função da vida e do desejo egoísta alheio gradualmente esvaziado de
direitos e vida própria na destituição de toda humanidade como algo
inferior a isso.
A inversão de valores atesta a falência moral de justamente isso, uma
sociedade vazia e fútil que vive apenas de aparências numa luta insana
não por produzir melhor, mas se impor acima dos demais para parecer
maior, melhor e mais humano. É o fim, mentes pequenas sempre discutirão
minha pessoa, nunca minhas ideias, pois importa as pessoas vazias e ocas
apenas isso, a aparência, não substância.
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