Quando tudo pode ser mentira, nada é verdade. Disso nasce uma crise de credibilidade que assola muitos setores da sociedade como a ciência. O maior efeito colateral do pós-modernismo se demonstra no aumento do conservadorismo e de teóricos da conspiração resultado do descrédito das instituições humanas, da política, igreja a ciência provocados pelas ondas de corrupções expostas na mídia e relativismos ante a destruição de paradigmas. Muitos veem nisso padrões que excedem o coincidente tal como buracos na mídia que não relatam muitos acontecimentos em totalidade provocando maior insegurança.
A maioria do descrédito está associada a teorias da conspiração por isso, mas sobretudo pela necessidade da população dar significado a tal realidade volátil e obscura de incertezas e medo. Não se trata muitas vezes de pessoas ignorantes ou intelectualmente inadequadas, mas o mesmo ceticismo que outrora o povo teve com a igreja católica nos séculos passados. Porem, o que outrora era com a igreja, hoje assola a sociedade em geral. Sobretudo uma fraqueza usada como meio de uma guerra de narrativas com fundo ideológico que é exacerbado pelo fanatismo e fervor de vários lados. O problema é que a crença ultrapassar os fatos é o mesmo que a ideologia ultrapassar a verdade e a lei não se tratando meramente de hipoteses ou especulação mas ataque aos fatos contrários ou mesmo o estado democrático de direito. Confesso que mesmo eu tenho duvidas sobre muitas das afirmações ou teorias consolidadas, especialmente quando especialistas da área as contradigam. Mas precisamos conciliar lados ao invés de ataca-los buscando a moderação não o extremo o qual os conduzem.
Todavia desse obscuro surgem muitos erros. Ora, uma coisa seria criar uma metafora para problemas reais e outra uma fantasia para tratar de seu próprio desejo, o primeiro poderia criticar os abusos, injustiças ou crimes, mas o segundo seria como inventar que sou repetiliano para comete-los, por exemplo. Observamos assim o uso antagônicos de tais pensamentos contra os fatos (e mesmo a lei), ao contrário de um hipótese precursora de descobertas na ausência de fatos no período que fora concebida.
Mas pelo mesmo fato de que o povo duvida do político que é pego na corrupção ao dizer que a combatia acaba por solapar toda sociedade quando isso ocorre de muitas outras maneiras. Em quem acreditar? O povo precisa de paradigmas que as norteie.
Quem tenta impor a verdade sempre acaba por provocar seu oposto, o descrédito quando as atitudes ou as entrelinhas dizem o contrário. O único modo de resolver isso é com transparência, imparcialidade e objetividade.
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