O protagonista da trilogia Matrix, Neo, ou Anderson, é tido como libertador da Matrix, todavia ao que tudo indica na verdade não passava de um agente de mudanças e transformação na própria Matrix. O próprio termo 'Neo' serve para designar do latim o novo ou seja algo o qual a partir do estabelecido compele a transformações que levam a algo novo. A suposta libertação de mentes oferecida por ele nada mais é do que adequações de consciência a outras camadas de simulação presentes na Matrix. Isso fica factível no fato de que o poder de Neo transcende a Matrix ao suposto mundo real demonstrando que o mesmo como um labirinto não passa de outra camada ou caminho nas simulações por consciências alteradas de uma mesma matrix como forma de manter controle sobre o mesmos em diversos graus (dos despertos ou semi-despertos). A própria referência do Mito da Caverna de Platão é sugestionada na comemoração orgiástica na caverna de Zion de modo que eles não saíram da caverna apenas foram a outro ponto, indicando um despertar igualmente ilusório numa compreensão diferente do mesmo tipo de simulação.
Toda mudança e alteração ocorre por meio de transformações que desestabilizam a Matrix e ela é personificada na própria anomalia que é Neo. A desestabilização fora a responsável indireta por criar outra anomalia sistêmica e diametralmente oposta personificada no agente Smith que passou a se multiplicar desordenadamente pelo sistema como indicativo da próprio desequilíbrio iniciado por Neo. Essa anomalia apenas ocorre na simulação pelos influxos que acarretam no caos pelo desequilíbrio num rompimento parcial da causalidade favorecendo alterações na informação do sistema o que curiosamente compele a desestabilização da própria ilusão acarretando na libertação de muitos outros. Essa alteração fica visível na alteração do código da própria matrix ao final do segundo filme levando as composições fractais do terceiro onde eclode a máxima expressão dessa alteração dando o nome ao último filme de 'revolutions'. Ora revolução é um termo ordinário a alterações acentuadas e assim caóticas.
A própria Oráculo que é um programa se torna uma espécie de guia deixando claro sua habilidade de manipular Neo a seus fins, ou seja, Neo na verdade é usado como extensão da própria ilusão a fim de atribuir mudanças almejadas na 'Matrix'. Por isso Oráculo como outra forma de controle condicionava Neo ainda que este relutante e desconfiado com ela. Ou seja, uma ferramenta do próprio sistema afim de se estabelecer alterações maiores na simulação.
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