Comentários de Black Mirror Bandersnatch

Muitos amaram ou odiaram o longa de fim de ano do Black Mirror. Mas a moral da história em 'Black Mirror Bandersnatch' é que se você pensar muito sobre ser ou não ser livre você termina no segundo, pois a grande questão não é quem controla suas ações, mas sim sua vontade por de trás delas. Parece loucura pois é, na Grécia antiga os termos inspiração e loucura eram quase sinônimos por acreditarem que divindades nestes casos controlavam as pessoas, de fato apenas a loucura não tem controle sobre si mesmo e assim responsabilidade sobre seus atos. Até hoje muitos acreditam que muitos surtos de loucura são casos de possessão e isso é claramente aludido no demônio Pax que é uma espécie de Leão. O livre-arbitrio acaba onde inicia a loucura.
Assim as escolhas tomadas pelo filme podem levar não somente a destinos, mas nuances narrativas e mesmo determinar a concepção ideológica variando entre a inexistência do tempo a sua essencialidade. Desse modo o filme igualmente submerge o espectador numa concepção de camadas de realidades em fractais de escala onde apesar dele escolher, a mesma questão repercurte sobre o autor num questionamento a autoconsciência, pois ao pensar estar controlando pode estar na verdade sendo controlado como um experimento social behaveriosta estilo caixa de Skinner.