terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A 'Diversificação' da Discriminação

Ao assistir a propagação de um vídeo onde uma celebridade profere o termo autismo como ofensa me leva a refletir no assunto na qualidade de asperger justamente dias após o dia internacional da Síndrome de Asperger. Não acredito que Antonia Fontenelle tenha ofendido de propósito ao chamar determinados políticos de autista, porém, posso não concordar com a reação exacerbada da resposta dos demais ao vídeo dela, no entanto, muito menos com a resposta dela a isto. Ela errou e depois foi grossa para se defender.
 
Associar o autismo a determinadas condutas como demérito apenas expressa algo enraizado na cultura e reproduzido de modo acrítico na internet por tolos medíocres e agora por uma celebridade. Nossa cultura está degenerando e essa diversificação da discriminação (se é possível denominar assim mais esse contrassenso) é um dos sintomas. A discriminação é um dos nomes mais vivos do ódio e por isso não devemos responder de igual forma, odiando.
 
Na luta pelo homogêneo a diversidade livre incomoda essa uniformização do mal latente no inconsciente coletivo induzido por intempéries instintivas e do poder. Seja pela 'coizificação' do autêntico (e sua liberdade de sê-lo) a qualquer coisa diferente se tornando sinônimo de inferioridade discriminatória para a tolice acrítica. A acepção e desigualdade é o esteio da arrogância sobre o negro, velho, gordo, anão, judeu, gay, careca, down ou aspie, pois no fim é apenas o ódio opressor como ferramenta de poder. A cura pra essa moléstia não é a igualdade, mas uma simples palavra chamada RESPEITO a diversidade que nunca foi sinônimo de desigualdade a não ser para a acepção.

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