terça-feira, 19 de maio de 2015

Crítica 'Mad Max: Estrada em Fúria'

O futuro distópico de George Miller ainda que seja indecifrável em sua origem é perceptível que a degeneração de seu Ethos ocorreu quando selvagens pervertidos e autoritários passaram a dominar arbitrariamente o mundo se dividindo em gangues de carros e motos. Assim num mundo onde domina a tirania, mentira e a vontade dos poderosos numa Terra sem lei é compreensível que a qualquer instante você pode ser morto e(ou) saqueado, por motivo fútil, sadismo ou por simplesmente você não ter mais utilidade para eles. Nesse mundo as mulheres existem basicamente para procriação e diversão, sendo exploradas sexualmente ou reprimidas para que somente uns possam usa-las chegando colocar cintos de castidade nelas (assim como fazem comigo). As imagens são impressionantes os departamento de artes fizeram um trabalho sensacional, da fotografia, figurino a fotografia o filme é um primor digno de indicações ao Oscar. Ainda que o roteiro são dos melhores as sequências de ação orquestradas por Miller soam como uma composição coreografada incrivelmente impressionante em detalhes e na inventividade dos veículos e acessórios. Rendendo momentos de tirar o fôlego numa estética poucas vezes vista no cinema. Os personagens são construídos entre uma sequência e outra de ação onde carros capotam e explodem e pedaços voam na tela.

O protagonista Max, crucificado para 
doar sangue durante uma perseguição.

O elenco está praticamente irreconhecível mas não menos expressivo sob a direção detalhista de Miller, Charlize Theron sem uma das mãos ainda assim não perde seu charme como uma mulher durona em busca de redenção. O protagonista por sua vez é um anti-herói que apesar de não ser um psicopata como os dominantes é um egoísta que ao ser preso numa gaiola é literalmente crucificado num carro em movimento para que seu sangue seja dado a um dos homens da gangue que lhe prendeu.
A fotografia é um detalhe a parte, utilizando-se de panorâmicas e dos tons amarelados do deserto, o futuro distópico de Miller é regido pela poeira e pelos ventos por contrastes que ressaltam a aridez do lugares onde transcorre as sequências. Resumindo, George Miller dá uma aula de como fazer filmes de carros de qualidade ao contrário de enlatados como 'Velozes e Furiosos' (Fast and Furious). Um trabalho que vale só pelo visual e clima, sem contar uma trilha sonora empolgante. A impressão que temos ao assistir o filme é 3D é de que uma história em quadrinhos ganhou vida na telona.

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