Assisti a '50 Tons de Cinza' de teimosia, apenas para justificar minhas críticas sobre um tema que declina seriamente a inversão moral e de valores. Ao que falam da autora do livro me sugere ser de fato uma escritora medíocre e pau mandado assim como a submissa do filme, porém, já que não sou de lançar ofensas mas críticas construtivas respaldadas resolvi escrever esse texto sobre as ideias colocadas na adaptação do livro no cinema. Bom, considero-me progressista mas muito conservador no que se diz respeito a ética e valores da sociedade e família, ou seja, amo mudanças e desejo evolução, mas não uma involução do comportamento humano, e o tema do filme por si só causa uma certa repulsa, mas também curiosidade, assim como creio que moveu as massas para assisti-lo no cinema.
O grande problema do filme é justamente esse, como a curiosidade ingênua - a mesma que levou Adão e Eva provarem o fruto proibido no Éden - levou a uma menina virgem cruzar a linha da inocência a idiotice, tornando-a uma iludida antes e desiludida depois - ao menos o filme não tem vergonha de esconder isso no final.
A busca da mulher por um homem com dinheiro creio ter apenas uma relação de fascínio e necessidade biológica, pois no modo natural a fêmea procura um macho protetor e que realize a manutenção do lar que hoje se traduz financeiramente. A minha pergunta é se uma mulher estaria aberta a abrir mão da dignidade e dos valores em troca de um cartão de crédito sem limite, mas com uma vida vazia igualmente sem limite.
Um homem que alegadamente diz que não gosta de ser romântico parece moda, mas a maneira como conduz a jovem ao mau caminho é uma clara glamorizarão do sexo agressivo e violento, o conhecido sadomasoquismo quando ele deixa claro desde o inicio que gosta de sexo com força e não "fazer amor", o mais leva a uma camuflagem elegante do que é a perversão doentia o qual ao criar fantasias sexuais tão agressivas e de claro cunho ao estupro favoreça que tal ato se torne uma prática literal e não permissiva mutuamente. Natural que o homem soa muito lúcido ao negociar os pontos sexuais de modo quase ginecológico como enfiar a mão pela vagina - sim, a mão, não dedo - enquanto sabemos que na prática alguns estão longe de pedir consensualidade.
Assim os diálogos soam falsos ao aparentar uma domesticação dos instintos selvagens sexuais de um homem autoritário e predatório com história problemática em sua concepção a justificar sua visão deturpada e doentia da vida e principalmente do sexo em relação as mulheres. Não é melhor do que os homens que acusam ser machistas com suas mulheres por as querem como donas de casa.
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