sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Críticas a Sociedade

Há alguns anos assisti uma reportagem no Fantástico – quando ainda era bom – sobre uma cidade no interior dos Estados Unidos em que o governo quase não era presente. O experimento social que se seguiu involuntariamente parecia dar razão a alguns pressupostos do movimento anarquista. Não havia crimes, tão logo não havia necessidade de polícia, economicamente mantinha-se com autonomia e maturidade social.

Aquilo me impressionou e me levou a questionar o modelo convencional de política e consequentemente a crise de representividade no Brasil. Uma sociedade debilitada, com problemas sociais, econômicos, na saúde, educação e transportes é preciso um governo para procurar intervir em resoluções práticas aos problemas sociais, ou seja, o governo é preciso para os que precisam ser governados.

Compreensível que mesmo as leis existem para guiar a conduta e comportamento humano numa sociedade servindo de guia a suas obrigações e direitos, como diz o apostolo Paulo, a lei é para os que estão sem lei, no contexto de não terem uma conduta coerente. Precisamos assim de alguém que represente nossas necessidades e não só, mas ser melhor do que nós para orientar, guiar e governar, ora mesmo médicos se fazem necessário por haver doenças assim são os políticos.

Mas o problema se agrava quando as imperfeições da sociedade são utilizadas como instrumentos da convocação do poder, dos que não nos governam, mas a si próprios, não estão interessados em liderar, mas dominar. Há daqueles o qual a política aproveita-se das dificuldades como se vendesse um remédio por uma doença, graças a doença. Por isso o experimento social da anarquia nunca deu certo: não havia preparo evoluído e maduro o bastante para a autonomia social.

Um exemplo disso são as ditaduras, o regime fascista e tantos mais, ainda que mediante uma situação caótica e de calamidade se faça necessário líderes, heróis, polícia e médicos a de ser considerado um retrocesso numa sociedade anarquista benevolente e altruísta onde a sociedade atingiu um nível de evolução e maturidade ímpar e creio que mesmo os sistemas de castas e classes não se fariam necessário, como diz na bíblia ‘cada um daria conta de si’.


O governo funciona assim como um pai ou mãe, eles são precisos até que a criança se torne adulta e madura, evoluída o bastante para que cuide de si mesma sem a necessidade do governo dos pais ou uma governanta, que recebe esse nome justamente por isso.

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