Ao contemplar a imagem das piramides nunca deixei de me perguntar quantas pessoas morreram esquecidas e escravizadas apenas para construír um túmulo. Como mudaram o meio ambiente o destruindo e escravizaram milhares de pessoas apenas para que um homem ao invés de voltar a natureza fosse guardado mumificado dentro dela, a ideia trouxe o contexto das "obras faraônicas" onde o excesso é comum e não por menos carregou a conotação de escravidão hierarquia, algo que tentou se perpetuar na cadeia alimentar como se o mundo se limita-se a comer ou ser comido.
Porém, o universo mais que competição é troca, tirando as doenças e parasitas não conheço nenhum ser que viva utilizando algo de nós sem nos dar algum benefício em troca. Mesmo as aves quando comem frutos propagam a semente da arvore, pois o contrário pertence a um estado de ausência de equilibrio, uma anomalia, quando mesmo a genética é contra o esquecimento e a ingratidão. Na natureza nem a morte é em vão, somos físicamente perpetuados em genes, memórias e na transformação da matéria. A troca é a palavra-passe da natureza e mesmo a sociedade se mantém em tal relação pois ser social é a capacidade não somente de se afeiçoar, mas oferecer algo em troca ao contrário do parasita o qual sua saude está colocada no adoecer alheio, a vida está em matar, e a vitória em subjulgar enquanto somente a sociedade humana ao evoluir do estado selvagem captou a cerne da natureza que é a troca. Viver em comunidade é ser servido e servir.
O digo pois mesmo os animais irracionais em seu estado selvagem não são capazes de ter ganância, desejar mais do que produz ou lhe é necessário, a única característica nociva que diferencia, negativamente, o homem dos demais animais.
Mesmo a aptidão como verdadeiro signo da evolução está fundamentado no princípio da troca, adapta-se em sua aptidão ao ambiente sem ser preciso destruí-lo ao contrário do homem que com ganância age como um parasita como se tivesse insaciavelmente faminto até com tudo acabar.
O estado parasita faz definhar, como precisar estuprar para se sentirem machos quando mesmo a natureza corteja em troca da procriação em inúmeros exemplos, de certo aprendo mais com as aves do que com eles.
A troca e equivalência são chaves no universo pois ele procura o equilibrio e o equilibrio se mantém, não anula como em estados extremos que sempre são a ausência de equilibrio. Os índios isso conhecem, há alguma tribo que tenha aniquilado a tudo a seu entorno e sobrevivido a exemplo da ilha de Pascoa?
A natureza preza a simbiose, pois quando no equilivrio parasitas são oferecidos na carcaça de cachalotes e bovinos a aves em troca de serem limpos por elas, o único significado de parasitas é alimentar aves. Parasitivismo é uma crença maldita que apenas atrasa, sua aritmética é falha. Uma relação parasita é uma via de mão única, apenas se dá, mas nunca recebe em proporção em troca. Mas não se dá o que não lhe fi dado, mas feito e conquistado.
Não, na natureza todos, na medida em que servem, são por ela servidos pois mesmo o conceito de Deus sobre ela encontra-se fora dela ao contrário de nós, mas Ele depende natureza pra viver? O que não segue tal conceito não pertence a natureza ou ao seu equilibrio, afinal quantos homens independente de sua arrogância no fim não morreram e serviram de adubo a natureza, ou quantos não precisaram de seu ar, comida e água pra viverem? Estes são múmias! Uns servirem e outros apenas serem servidos é a aritmética parasita, a mesma que construí as pirâmides.
Só se conhece o valor do que se produz, por isso alguns só conhecem o valor da miséria, violência, exclusão e injustiça. Mas eu da honestidade, bons costumes e justeza. Para tais isto são apenas palavras, para os bons, atitudes. Cada um oferece o que tem, mas as múmias, nem as piramides!
“Os ricos do mundo estão a consumir mais do que um planeta Terra”.
Mohan Munasinghe
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