Vampiros. Entre o mito e a verdade pouco se sabe ao certo, uns dizem que são como eu e você, mas que apenas trocam o leite pelo sangue, tetas por pescoços, camas por caixões. A verdade é que vampiros são como anjos, só que subversivos e não fazem milagres, traduzindo, são como demônios, anjos caídos.
Porém, desde quando o primeiro chegou a esta cidade ela nunca mais foi a mesma, e a guerra entre os clãs de vampiros iniciáticos estava decretada e nós mortais no meio, na reta.
Secretamente pelas sombras e na surdina cresciam tomando, dominando transformando a população em décreptos alérgicos ao sol. Como os body snachters daqueles filmes iam alterando as pessoas gradualmente até que nós mortais não erámos mais aceitos em nosso próprio lar, família e cidade.
Malditos hemofilos! Estes também nos transformaram... em assassinos, assassinos de vampiros.
E naquela noite iria encontrar mais um deles, a espreita, a vagar sorrateiro como a água que escorre pelas frestas, Alejandro era seu nome, e pasmém, trabalhava no centro de doação de sangue. Mal imaigno como deveria se conter. E quando ficou sabendo que disse não fazerem milagres este retrucou ofendido.
- Como não? Ressucitamos mortos!
- Ora, certamente não ressucitam mas apenas os fazem andar e falar.
Naturalmente que aquele não era o dia de Alejandro, alvo pela falta de humanidade, branco mas não de paz, e o mesmo quis me inciar. Porém, pergunto-me: porque mata-lo com punhal no coração se não há mais algum?
Para se compreender melhor tal história precisamos retornar no tempo em nossa pequena máquina temporal que são as memórias.
Somente cinco meses atrás tomei conciência do ataque que sofriámos por aqueles seres nojentos, porém, somente quando perdi meu colega Ezequiel que realmente me dei conta com que lidavamos. Ezequiel era um sujeito esquisito, conspirológo nato acreditava que o rock veio de outro planeta e o funk de uma dimensão paralela futura, seguidor do filoversismo do tal de Gerson Avillez, mesmo que tivessémos nossa bandinha de rock de fundo de quintal ele parecia resistir a idéia de que nossa cidade estivesse sendo invadida por um clã de vampiros. Ezequiel se questionava o que eram, e certamente não era nenhuma irmandade de gênios a fazerem alguma grande descoberta para salvar a humanidade. Sobretudo aqueles vampiros eram diferentes e seu culto era algo verdadeiramente a atingir frontalmente a sanidade de qualquer pessoa.
Foi então que resolvemos fazer a grande boa ação do dia e irmos doar sangue. Erro fatal para Ezequiel ao confiar em Alejandro antes garoto centrado, namorado fiel e roqueiro ouvinte de vitrola em seus bons chiados de fritura com direito a eventual mixagens pelo desgaste. Todavia, Alejandro estava diferente, ele observava nosso sangue escorrer por aquele tubo de plástico a uma bolsa que ficava dançando como se fosse um convite a um banquete. E antes o que era um mero olhar brilhante e vidrado passou a se tornar sensível pela boca que chegou mesmo escorrer sáliva tamanha tentação, como se fosse a baba cósmica que ouvi em seus vinis.
Ficamos preoculpados com o comportamento de Alejandro quando Ezequiel resolveu segui-lo até dentro da parte para funcionários por estar sozinho naquele momento na inocente busca do lanchinho de prémio pelo jejum. Porém, o que ele viu - e em seguida eu - lhe mudou profundamente. Alejandro não se aguentando rasgou o saco com o meu sangue e num ataque enfiou seu rosto neste a chupar todo o sangue numa cena mais lastímavel que ver Ozzy Ossbourne arrascar a cabeça do morcego com a boca. O sujeito completamente lambusado de sangue fico por alguns momentos estático ao se descobrir visto e antes de atacar o pobre Ezequiel de modo fulminante. Eu apenas corri para somente então descobrir que um dos poucos lugares que ainda eramos bem recebidos não por acaso era o centro de doação de sangue. O sol naquele dia estava escaldante e talvez por isso as ruas estivessem tão vazias. Entretanto, ao sair notei após um grito a silhueta de vários deles pelas janelas fechadas e protegidas por insulfilme e mesmo a polícia tornando vã minhas tentativas de socorro. Nunca mais dormi como antes.
E lá estava diante de Alejandro no momento da revanche, ele agora entregue a sua então vítima de algoz a perseguido, de caçador a caçado quanto num fiapo de fé procurei alguma centelha de humanidade em seus olhos. Foi vão, Alejandro já havia morrido, não mais havia sua alma naquele corpo eternizado por um pacto vazio, apenas me certifiquei de que ele não voltaria atacar novamente.
Porém, desde quando o primeiro chegou a esta cidade ela nunca mais foi a mesma, e a guerra entre os clãs de vampiros iniciáticos estava decretada e nós mortais no meio, na reta.
Secretamente pelas sombras e na surdina cresciam tomando, dominando transformando a população em décreptos alérgicos ao sol. Como os body snachters daqueles filmes iam alterando as pessoas gradualmente até que nós mortais não erámos mais aceitos em nosso próprio lar, família e cidade.
Malditos hemofilos! Estes também nos transformaram... em assassinos, assassinos de vampiros.
E naquela noite iria encontrar mais um deles, a espreita, a vagar sorrateiro como a água que escorre pelas frestas, Alejandro era seu nome, e pasmém, trabalhava no centro de doação de sangue. Mal imaigno como deveria se conter. E quando ficou sabendo que disse não fazerem milagres este retrucou ofendido.
- Como não? Ressucitamos mortos!
- Ora, certamente não ressucitam mas apenas os fazem andar e falar.
Naturalmente que aquele não era o dia de Alejandro, alvo pela falta de humanidade, branco mas não de paz, e o mesmo quis me inciar. Porém, pergunto-me: porque mata-lo com punhal no coração se não há mais algum?
Para se compreender melhor tal história precisamos retornar no tempo em nossa pequena máquina temporal que são as memórias.
Somente cinco meses atrás tomei conciência do ataque que sofriámos por aqueles seres nojentos, porém, somente quando perdi meu colega Ezequiel que realmente me dei conta com que lidavamos. Ezequiel era um sujeito esquisito, conspirológo nato acreditava que o rock veio de outro planeta e o funk de uma dimensão paralela futura, seguidor do filoversismo do tal de Gerson Avillez, mesmo que tivessémos nossa bandinha de rock de fundo de quintal ele parecia resistir a idéia de que nossa cidade estivesse sendo invadida por um clã de vampiros. Ezequiel se questionava o que eram, e certamente não era nenhuma irmandade de gênios a fazerem alguma grande descoberta para salvar a humanidade. Sobretudo aqueles vampiros eram diferentes e seu culto era algo verdadeiramente a atingir frontalmente a sanidade de qualquer pessoa.
Foi então que resolvemos fazer a grande boa ação do dia e irmos doar sangue. Erro fatal para Ezequiel ao confiar em Alejandro antes garoto centrado, namorado fiel e roqueiro ouvinte de vitrola em seus bons chiados de fritura com direito a eventual mixagens pelo desgaste. Todavia, Alejandro estava diferente, ele observava nosso sangue escorrer por aquele tubo de plástico a uma bolsa que ficava dançando como se fosse um convite a um banquete. E antes o que era um mero olhar brilhante e vidrado passou a se tornar sensível pela boca que chegou mesmo escorrer sáliva tamanha tentação, como se fosse a baba cósmica que ouvi em seus vinis.
Ficamos preoculpados com o comportamento de Alejandro quando Ezequiel resolveu segui-lo até dentro da parte para funcionários por estar sozinho naquele momento na inocente busca do lanchinho de prémio pelo jejum. Porém, o que ele viu - e em seguida eu - lhe mudou profundamente. Alejandro não se aguentando rasgou o saco com o meu sangue e num ataque enfiou seu rosto neste a chupar todo o sangue numa cena mais lastímavel que ver Ozzy Ossbourne arrascar a cabeça do morcego com a boca. O sujeito completamente lambusado de sangue fico por alguns momentos estático ao se descobrir visto e antes de atacar o pobre Ezequiel de modo fulminante. Eu apenas corri para somente então descobrir que um dos poucos lugares que ainda eramos bem recebidos não por acaso era o centro de doação de sangue. O sol naquele dia estava escaldante e talvez por isso as ruas estivessem tão vazias. Entretanto, ao sair notei após um grito a silhueta de vários deles pelas janelas fechadas e protegidas por insulfilme e mesmo a polícia tornando vã minhas tentativas de socorro. Nunca mais dormi como antes.
E lá estava diante de Alejandro no momento da revanche, ele agora entregue a sua então vítima de algoz a perseguido, de caçador a caçado quanto num fiapo de fé procurei alguma centelha de humanidade em seus olhos. Foi vão, Alejandro já havia morrido, não mais havia sua alma naquele corpo eternizado por um pacto vazio, apenas me certifiquei de que ele não voltaria atacar novamente.
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