sábado, 28 de julho de 2018

A Discriminação ao Autista na Família

Conversando outro dia no grupo de autistas com meus amigos de espectro a discriminação é um padrão comum e perturbador o qual a maioria dos aspergers sofre de um jeito ou de outro. O mais incrível é constatar que essa discriminação muitas vezes surge no próprio seio familiar que transforma as dificuldades sociais, principalmente, num 'bicho de sete cabeças'. Timidez, preguiça, insegurança e mera 'esquisitice' são rótulos comuns e persistentes dado por uma ignorância resilente que se conforma com si mesma, mas não com a diferença.
Disso vemos exemplos perceptíveis de discriminação por parte dos próprios familiares que assim ao invés de ajudar no correto tratamento passam até mesmo a questionar o laudo e diagnóstico dado por profissionais especializados - ainda há grande carência de psiquiatras que tenham capacitação a um diagnóstico correto. Sou um exemplo, entre os murmurinhos que se espalham como "fofoca" de parentes sobre minha 'esquisitice' social por me sentir deslocado muitas vezes com o sexo oposto, levaram as presunções mais caluniosas por aqueles que por um hesitar ou ansiedade social levam a uma imaginação negativamente rica como a de me rotular de coisas como mesmo de 'tarado', por algumas vezes não ter um olhar 'adequado' e fixo como a dos nt's, mas hesitante. Nada tem a ver com mente fraca ou não, caso fosse ante a sucessão de abusos, bullying e pressões que sofri ao longo da vida em tantos meios e lugares, seria hoje um bandido ao contrário do que afirmam demagogos pouco instruídos.

Para quem conhece o TEA (Transtorno de Espectro Autista) é comum o desconforto em situações sociais assim como em ter intimidade, além de outros sintomas relacionados a hiperssensiblidade sensorial (visão, audição, tato e etc). Conheci pessoalmente pessoas portadoras do SA (Síndrome de Asperger) que mal olhavam nos olhos, além de apresentar outras esteorotipias mais acentuadas do que em mim.

São sofismas venenosos que destroem as relações que permeadas pelo senso comum se alastram sem menor fundamento de atitudes correspondentes ou meramente na semântica. Obviamente não sou viciado em sexo ou muito menos tenho desejos sexuais considerados doentios ou como desvio da conduta sexual saudável, mas isto acaba sendo uma fonte de repressão hipócrita - muitos dos que isto acusam tem estas características. 

Outra acusação comum é de chamar autistas de psicopatas, assunto que volta e meia surge nos grupos de autismo. Uma confusão comum da ignorância alheia uma vez que a dificuldade de expressar sentimentos não atesta sua ausência.

Porém, muitas dessas ideias perniciosas são reproduzidas acriticamente como por uma alavanca de desigualdades oculta. A meu exemplo há parentes que me repelem por este simples fato circunstancial uma vez que nunca agarrei quaisquer mulheres ou coisa parecida, ainda que curiosamente os mesmos justifique esse desvio sexual imaginário a repressão de mãe.

Pelo contrário tenho uma irmã inválida o qual sou obrigado frequentemente leva-la ao banheiro para necessidades especiais, assim como pega-la de quedas durante o banho, e nunca fiz qualquer coisa a não ser ajuda-la a contragosto.

Algo digno de uma pesquisa empírica séria: muitos são os autistas que vivem assim rotulados e taxados das mais variadas formas ao bel prazer do ranço presunçoso da discriminação. Curiosamente nas intempéries disso os mesmos eventualmente falam de 'rótulos' apenas quando estes são bons, expondo a demagogia dos próprios.

Fonte: G1

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Oração do Perseguido

Oro a ti Santo Deus que me fez a sua imagem e semelhança para não tratar-me com acepção, ao Deus o qual pertence toda a verdade e justiça, não ilusão. Livre-me daqueles que se dizendo parentes são Caim, se dizendo amigos, são Judas. Dos que se dizendo cristão apenas afugentam o trigo, o sincero e aflito como eu. Não esqueça desse pobre necessitado ante aqueles que dizendo lutar por algo bom apenas me fazem mal, dos que me acusam ser o que são, dos que me acusam fazer o que fazem.

Olhe para mim ante a dor do isolamento, humilhação e exclusão, ainda longe de ser Santo como ti, a ti clamo e conclamo nascido de novo em ti. Sendo eu pecador assim reconheço a te dizer ser dependente de seu perdão. Ouça esse pecador, e livre-me das dores e alegrias do mundo. Mesmo falho venho buscando ser um verdadeiro cristão, na castidade ao contrário dos que promovem a mentira do falso testemunho, a traição, a fraude e proíbem o casamento, dos que fazem pecar para acusar o pecado. Os que me atiram pedras são os que tem mais pecado do que eu. Não prego outro cristo, nem desejo mal aos que me desejam mal antes clamo aos que não discerne certo de errado numa liquidez como da água, mas que estes alcancem o perdão reconhecendo seus seus erros. 
Olhe estes que me impondo o julgo desigual a meu contragosto querem para mim o que não aceitam pra si mesmos, e querem para si o que não aceitam que eu tenha. Adoro ao Deus das portas abertas, não do pentagrama, pois não amo nada que lhe é contrário ao contrário destes que me perseguem incessantemente. Oh Deus o qual a bênção enriquece e não acrescenta dores olhe por mim.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Fim de Curso!

Ao término de quatro anos e meio turbulentos por intempéries voláteis e externas a minha vontade tenho que agradecer Àquele o qual me fez a sua imagem e semelhança para não tratar-me como acepção. O justo Deus, do sincero, honesto e justos, àquele o qual dignifica o abatido e injustiçado, por ter-me dado forças de resistir ao acusador, aquele que sendo pai da mentira veio apenas para matar, roubar e destruir ainda que através de terceiros.
Respeito a todos o qual o esforço e honestidade foram integrais e efetivos fatores para a aprovação no curso. Ainda que não tenha necessitado virar madrugadas pelo simples motivo de absorver com facilidade as disciplinas de humanas, não tira igualmente meu mérito por vocação e inteligência evidente, mas ainda que pudesse ter melhor desempenho fiquei em recuperação (A3) apenas três vezes tendo desempenho destacado em relação aos demais. Porém, sobretudo honestidade no que se dignifica a não ficar nas costas de ninguém e se ficar ser no mínimo grato. Compromisso se demonstra como parte da competência, assim como a honestidade, sinceridade e vocação. Coisas que em relação a alguns certamente tenho de sobra. Ter orgulho de méritos não é vergonha ao contrário dos que tem orgulho em caluniar e humilhar. Tive pessoas que fiquei feliz em conhecer, aprendi muitas coisas importantes mesmo que também traumas e dores. Abaixo o histórico completo da faculdade (clique para ampliar). 


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sagrado e Profano: Uma Breve discussão

O fanatismo sempre é generalizador, e a generalização sempre será uma falácia, um sofisma do pensamento. Costuma-se atribuir a estes que qualquer coisa que não esteja presente na bíblia é contrário a ela demonstrando-se o viés da estreiteza do pensamento na ausência de discernimento entre extra-bíblico, bíblico e antibíblico. Não é verdade, se assim o fosse o evangelho por ter sido escrito em hebraico e latim não serviria para o português e o mandarin seria profano e excluiria os chineses. Mas a bíblia se trata apenas de um manual de redenção humano, um normativo razoavelmente histórico para os costumes a valores, daí não vamos encontrar lá descrições proféticas de como construir um avião ou a equação de Einstein para a relatividade, mas voar num avião não é profano e a relatividade não é anticristã por apenas não estar na bíblia. 
O estigma é taxativo e meramente preconceituoso com o diferente e original mesmo que não contradiga a moral cristã. Sobretudo os fanáticos alegam a inserção de signos e costumes pagãos na sociedade ainda que cristianizados, mas assim como o rock não foi criado na igreja não significa que ele não possa ser usado por tal, afinal o maior símbolo cristão é uma criação pagã. Menciono a cruz, uma arma romana, uma civilização pagã que venerava a prostituição cultual e utilizava-se dessa cruz para torturar e matar condenados em infinitos campos a perder de vista com centenas de crucificados. A diferença era simples, Jesus usou a maldição para seu sacramento e triunfando sobre ela a cristianizou. O mesmo se aplica a filosofia de onde vem a teologia, o estudo do espaço-tempo, os OVNIs e etc. Não contradizendo a doutrina e os valores nem sua verdade, não é anticristão.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Diário de um Vulnerável Segregado

Tive meu celular roubado, mas não por um mendigo ou necessitado faminto que desabrigado buscava algo o que comer, mas uma pessoa que ao invés de vender o celular furtado sabendo o nome e telefone de contato ao desbloquear a tela, passou o tempo de vida "ocupada" dele, acessou meus contatos e bagunçar meu whatsapp com a mera pretensa de me prejudicar. A necessidade pode definir o certo, mas qual a necessidade deste em fazer isto apenas para prejudicar um autista que mal dinheiro de transporte tem pois até o passe livre reservado por lei negam?

Fico revoltado com a covardia que me cerca por pessoas que falam da realidade apenas quando convém e num tom de conformismo e aceitação da injustiça e covardia. É o mesmo tipo de socialismo prostituído que opta por defender as elites maçônicas que fazem o que quer e pegam o que quer contra nosso direito, mas me atacar como se fosse elite sendo um autista desempregado e com bronquite que anda apenas de bicicleta, pois nem casa e carro tem. É o mesmo tipo de gente mesquinha o qual me proíbe ter mulher para que tenham todas sem a menor dificuldade, mas falam que é desigualdade ter feito dezenas de livros com esforço intelectual e eles não. É o absurdo da injustiça e opressão saber que alguns que dizem defender e lutar por algo quando não passam de relés jardineiros do bosque do mal. Mas nada mais lúcido que os pés no chão da imparcialidade, de alguém que está vulnerável como eu e em que se quer cogita-se a possibilidade de me defender ou ser defendido, pois se fosse rico seria recebido com o tapete vermelho na policia sob os flashes do jornalismo como o líder destes que curiosamente fora preso por um juiz maçom que lhe nega até mesmo o pedido de entrevista. Estes sim tem o que merecem, pois quem se mistura com porco farelo come.
O adversário como âmago do maligno anseia exclusivamente escrever apenas três finais pra mim: miséria, exploração sexual ou morte (sumir é uma variável oculta deste) pois odeiam a liberdade, talento e direito alheio. Aparenta ser um plano a fim de certificar e garantir a pobreza, como negar um benefício de um parente inválido pelo fato da responsável ganhar poucos reais a mais de um salário mínimo, mas a promessa desses é quando me lançar na miséria me dar um cobertor para ocultar a injustiça que promovem. Seja como for estarei sozinho como sempre estive, pois como característica comum aos nazistas estes não admitem que tenha amigos confiáveis ou mulher, não sem deturparem o conceito semântico em si.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

O Fim da Faculdade: O que mudou?


Após 4 anos e meio turbulentos, entre bullying e intempéries opressoras concluo a faculdade a despeito de tudo com bom desempenho. Não fiquei reprovado nenhuma vez e fiquei apenas três vezes em recuperação, normalmente matérias que saiam do escopo de ciências humanas. Apenas outras vezes fiquei em recuperação tirando estas, todas por ter faltado as provas finais de um semestre por estar sofrendo de depressão e indícios de síndrome de pânico em decorrência de traumas.
Naturalmente que comorbidades no âmbito do espectro autista sejam comum numa minoria sofrida como a de autistas. Digo sofrida por não bastar dificuldades sociais e sensoriais o bullying é comum como o que me ocorreu na faculdade, e diga-se por toda minha vida.
Sabemos que o conceito de minoria em sociologia designa não uma quantidade, mas uma posição social desfavorável, vulnerável e(ou) marginalizada ao contrário de elites opressoras que lutam apenas para dominar tudo, ter tudo e controlar todos.
Todavia ainda que a esquerda em tese diga defender de negros, gays a deficientes como eu, mesmo com o ganho do laudo em 2017 nada mudou pra melhor na minha vida. Pelo contrário, muitas vezes as facilidades que favorece o autismo num intelecto e habilidades específicas parecem criar um ranço de inveja o qual alguns veem nisso a tentativa de explorar minhas habilidades contra meus direitos sob a desculpa vitimista de alguns que não tem iguais facilidades intelectuais. Obviamente que se ignora por completo as dificuldades sociais e sensoriais que por si só impõe limitações como muitas vezes se escarnecesse disso, e literalmente usa como desculpa para atrapalhar aumentando a desigualdade que vivo.
Vivo literalmente privado de direitos básicos por aqueles que não discernem tendenciosamente a diferença de privilégios e direitos. Isolado, há muitos anos não saio com amigos ou vou a festas e encontros sociais, não tenho há mais de uma década mulher como se meu direito de constituir família fosse suprimido a fim de que inúmeros outros usufruíssem as minhas custas ao promover crimes de tráfico de pessoas e exploração sexual. A sensação de segregação não é enganosa ou ilusória, já fui ameaçado, humilhado e agredido física e verbalmente e cada avanço a duras penas parece ser penalizado por uma força que luta para ampliar abismos da desigualdade de quem não se sente parte da sociedade como eu. Enquanto vivo sob constante calúnia mas se eu entrego crimes como descrito acima não é perdoável, pois sou 'X-9'.
As calúnias são frequentes e repetitivas onde mesmo um olhar inseguro é julgado como se fosse uma atitude criminosa. Para um autista a sensação de olharem dentro de seus olhos é de invasão e desconforto a maior parte das vezes, a menos que tenha um momento descontraído de integração por afinidades isso não é de bom grado de minha parte, mas mesmo isso não é perdoado ou facilidade ao se perceber uma indiscutível dificuldade.
Nunca tive tratamento adequado, mas mesmo mediante as dificuldades sempre tive que andar por ai sozinho e ainda ajudar pessoas que a maioria das vezes me fazem mal.
Tenho grande facilidade em ciências humanas o qual amo, seja história, filosofia ou psicologia, mas essas supostas vantagens nunca me trouxeram nada a não ser a inveja alheia, assim como meus mais de 40 livros em 10 anos como traço de alta habilidade, mas que a mínima vantagem que possuo é desculpa de coisas como justificar a fraude de meus livros para dá-los a autores "menos favorecidos", tenha dó. Sou vulnerável não por vitimismo mas pelo fato de que não há quem me defenda ante os conluios para me massacra seja caluniosamente ou de maneiras ainda mais vexatórias (e criminosas). Assim concluo a faculdade, quando deveria estar comemorando um gosto amargo da vida que levo, como sempre isolado por ter cometido o único crime factual, ser diferente e ter um intelecto melhor.
Que venha o recalque de invejosos que não tem a mesma instrução que eu. Não usarei meu canudo para me exibir mas tb não aceitarei ser humilhado como antes. A defesa de meus direitos como de muitos deve ser, se preciso, com agressividade quando não respeitado. Já sofri muito e não aceito gente abusiva. Fim do desabafo.

Sessão de Fotos Julho

Mais um mês, mais fotos! Vejam algumas fotos tiradas por mim em Julho de 2018. Clique nas imagens para ampliar.