Após loucos nomes complexos deliberadamente inventados em paralelo e crítica a nossa sociedade, Douglas Adams, nos apresenta uma série de situações improváveis e hilárias cuja risada é irrestritamente a filosofia em questão. Da proposta de que o Universo surgiu de um Megaresfriador do qual mesmo uma religião o adorava; Arthur Philip Dent ir morar por cinco anos no passado de nosso mundo até se confrontado com um alienigena cujo significado de vida é tentar ofender cada ser do Universo; encontrar inóspitos passageiros adormecidos e perdidos num planeta onde armas insólitas demonstram nossa insignificância no Universo menos do presidente da Galáxia; confrontar seres que passaram a voar, vacas num restaurante no fim do Universo que querem ser comidas e cochonetes vivos com mesmo nome, como flerte sempre comum com o surreal onde bandas de Rock tem o som tão alto que é capaz de exterminar a vida nas mediações e mesmo alterar o clima, nos leva a perguntas não somente de como querer fazer chá numa nave extraterrestre pode provocar um bug no computador de improbabilidade. Mas a resposta para a Questão fundamental do Universo exprimida num número: 42. No terceiro livro, ‘A Vida, O Universo e Tudo Mais...’, todavia, o autor sugere num devaneio ao final do mesmo o seguinte:
“Uma noite, ele disse, uma espaçonave apareceu no céu de um planeta que nunca antes havia visto uma delas. O planeta era Dalforsas e a nave era aquela. Surgiu como uma nova e brilhante estrela se movendo silenciosamente através do céu.
As pessoas das primitivas tribos que estavam sentadas nas encontas das Montanhas Gélidas olharam para cima, segurando suas xícaras com bebidas fumegantes e apontaram, com dedos trêmulos, jurando que haviam visto um sinal de seus deuses significando que deveriam agora levantar-se e partir para massacrar os malignos Príncipes das Planíces.
A vida, O Universo e tudo mais – Douglas Adams
Qual dos dois povos estão certos sobre o sinal no céu? Nenhum! Assim sendo a crença pura e simples não pode ser a resposta para a existência do Universo, jamais explicaria a equação filosófica deste, quer seja um número, 42, ou não. O problema consiste no ato justamente das relações, como a resposta e a pergunta se relacionam e se dependem como parte por si só do mesmo, é não simplesmente paradoxal sentido da vida, mas reativo, consequente. A resposta é reflexo, sobrepergunta e “sobreresposta”. Espelhos, pois os povos na realidade mais do que simplesmente enxergam o que querem com aquilo no céu, veêm na realidade a si próprios e como primatas diante de um espelho tendem a confrontar seu reflexo, ou o que é refletida nela. Deste modo a pergunta e fator-base do conflito está o espelho, neste caso a nave, são fatores simples mas que com as combinações rendem ínfimas posibilidades como numa sala de espelhos, literalmente infinita em reflexos tal como reflexões. Assim sendo a resposta tanto quando a pergunta para a Questão Fundamental sobre a Vida, o Universo e Tudo Mais, é como a sugerida no mesmo livro:
Como assim? É simples. Eles não poderiam ver atrás do espelho, mesmo que no quesito pergunta falte outra peça ao quebra-cabeças filosófico e paradoxal proposto por Adams, são justamente os espelhos, afinal, ora a resposta reflete a pergunta tal como a pergunta a resposta não como terceiro ponto, o espelho. Os espelhos são as chuvas, os ventos e a reflexão infere a nós, ou seriamos nós, nestes casos os espelhos a refletir? O livro assim trata de jogo de proposições pesperctivas.
O problema não é a crença em si, mas sim a crença infundamentada de precisão. A fé como motivante pode ser tanto má quanto boa. Deste modo crítcas como a do ser que persegue Arthur por ter sido morto por ele em cada reencarnação parecem expressar o rídiculo não somente da situação, como de algumas crenças, mesmo que o livro peque no surreal por vezes demasiado.